quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Vamos fugir deste lugar, baby

por Andressa Dias
Em uma oficina na parte da tarde, o oficineiro propôs uma dinâmica de grupo, onde um passaria a bola para o outro companheiro dizendo antesa primeira palavra que surgisse em sua cabeça. Claro, desde que houvesse alguma relação entre si. Em meio a essa “brincadeira”, uma curiosa história veio à tona.

Quando jogaram a bola para uma das jovens, de nome Gilmara, a palavra pronunciada foi “árvore”, o que “desenterrou” uma lembrança de sua infância. Quando criança, sua irmã mais velha era um muito agitada, podemos diz que vivia fazendo travessuras. “Em um final de tarde minha irmã já havia aprontado mais uma.Ela simplesmente desapareceu com medo da “varinha afiada” da minha mãe, que era muito severa e que a aguardava ansiosa, com a varinha na mão doida pra dar um corretivo. Todas as esperanças já haviam se findado quando alguém, desesperado, teve a idéia de olhar na velha mangueira do quintal — que, apesar de não mais dar frutos fazia um bom tempo, era grande, robusta e proporcionava uma sombra refrescante — e para surpresa geral, a menina realmente estava lá, sapeca dormindo, exausta de tantas brincadeiras, no galho aconchegante daquela árvore”, conta Gilmara. E, até hoje, ela guarda a cena da fuga. O sono e o medo da “varinha da mamãe” derrubaram minha irmã. Traquinagens de hoje podem render risadas e boas lembranças futuras que podem contar a história de sua rua.
História contada por Gilmara.

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